sexta-feira, 6 de junho de 2008

Tenho um desporto novo,

é o ténis. Um desporto muito urbano. Vou com a minha partner de trabalho (sra. Gamerix) e temos um professor muito porreiro (que também faz uma perninha lá no Gulag, pelo que também é colega). Acordamos cedinho e vamos para o clube (muito chique), onde temos uma hora de aula na qual dizemos baboseira até mais não e dizemos mal dos chefes todos. Mandamos bolas para os outros campos, tentando sempre incomodar todos os utentes do campo, e matamos a cabeça ao Pedro (o prof). Ele diz que vê em nós um futuro promissor (por outras palavras, mas dá claramente a entender que somos boas alunas com frases como "é isso mesmo! Estás a ver? Assim acertas na bola!"). Diz que mais umas semanas e estamos em Roland Garros. Tenho portanto de começar a treinar aqueles gritinhos guturais à tenista profissional.

Uma coisa curiosa que se dá em todos os desportos que pratico com o pessoal do corte inglés é que seja durante, seja após, há sempre uma meia horinha em que dizemos mal de todos os chefes e de alguns colegas menos desejados. E do sistema em si.
Quando vamos para a praia é no tempo de espera das ondas e depois, na hora do café e no caminho de casa. No ténis é ainda mais giro porque podemos imaginar que as bolas são as cabeças dos chefes, pelo que saem bolas que vão parar à piscina.

Hoje sinto-me urbana. E dói-me o pulso direito.

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