sábado, 29 de agosto de 2009

Meu querido mês de Agosto

Lisboa andava calminha, não havia grande coisa para fazer no Gulag, e eu andava por aí meia descontraída. Entretanto aproxima-se Setembro: Lisboa começa a encher, no Gulag há preparações para o INVENTÁRIO (a coisa mais trabalhosa do mundo) e chega material de Inverno (Skis novos!!!!! Mas são uma bosta até agora.) para desempacotar, arrumar e encaixar, e os exames finais: os 3 exames que me faltam para acabar a merda do curso (finalmente!!!). Claro que ainda não estudei como tinha planeado. Claro que não me apetece simplesmente fazer nada. Claro que vou andar a bater com a cabeça no dia anterior. Mas é sempre assim, e parece que me ando a sair bem.

Entretanto dói-me o corpo todo de desempacotar, arrumar e encaixar skis durante 5 horas na oficina do Gulag. E amanhã é dia de trabalho outra vez. Vou ver se durmo.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Aventura na A23

Já estava a voltar contrariada de Manteigas quando, ali pela zona do Fundão, à 1 da tarde, na p*** da A23, o meu carro resolveu ter um furo.

Eu: "F***-se f***-se f***-se!! Cara***! Merda! Não tenho sorte nenhuma!" - gritei sozinha. E ligo ao meu pai. - "Papá, tive um furo..."
Papá: "Chama mas é a assistência em viagem, vá."
Eu: "Achas? Por causa de um furo?! Deixa. Eu safo-me." - EU SAFO-ME?? E liguei ao meu irmão.

Eu: "Manolas, tive um furo. Está uma brasa que nem se pode... Ai ai..."
Mano: "Hmmm.. Ora bem, vamos lá, tu consegues. Trocar um pneu é fácil."
Eu: "Mas já tentei tirar o pneu suplente e nem sequer isso consigo! Está preso... E não percebo nada da porra do macaco. É estranho..." - pesarosa.
Mano: "Vá! Não sejas menina! Eu dou as instruções e tu fazes isso na boa." - MAS EU SOU MENINA!!!
Eu: "Ok..."

Colete, triângulo, macaco, eu a andar de um lado para o outro a ouvir instruções, sentada na auto-estrada a tentar desvendar os segredos do macaco, o calor quase a matar-me, desenrosca porcas, tira roda, despeja garrafa de água na cabeça, mete roda, come uma pêra da tia, e coisas assim, lá troquei o pneu em 20 minutos de puro terror e calor abrasador (rima bonita!). Parou um senhor ao fim do processo, depois de eu saltar em cima da chave para me certificar de que aquela porra tinha ficado bem presa. Tentou apertar mais e concluiu: "Oh menina, nem eu teria apertado melhor! Muito bem!", Resolvi ir ao Fundão remendar o furo, não fosse o diabo fazer das dele e ainda me arranjar mais um furito para o caminho.Chegada à oficina...

Eu (de mãos e cara pretas, a suar que nem uma égua): "Boa tarde! Tive ali um furo na A23..."
Sr da oficina (velhote simpático, rodeado de 10 gajos que ficaram a olhar para mim): "Quer que chame o reboque, não é?"
Eu: "Não não! Já tenho aqui o carro!"
Sr da oficina: "ENTÃO TROUXE O CARRO PARA AQUI COM O PNEU EM BAIXO???"
Eu: "Não... Antes de o trazer troquei o pneu. Queria era que me remendasse o furo que vou de viagem e..."

Público da oficina: "Clap clap clap!!" - uma salva de palmas com direito a palmadinha nas costas e comentários como "AH VALENTE!" e "AS MULHERES DEVIAM SER TODAS ASSIM! MUITO BEM!".

Orgulho.


Mostraram-me o caminho para a casa de banho (talvez por ter a cara da cor do alcatrão) e o sr ainda me ofereceu delicadamente o seu escritório para descansar e para me refrescar. Fui lavar as patitas e o focinho mas declinei o convite do escritório, para me fazer de forte.

O pneu não tinha salvação. Lá fiz a viagem para baixo até ao meu mecânico que me trocou o suplente por outro e arranjou-me um problema na suspensão. E digo arranjou-me porque vivendo na ignorância do mesmo era feliz. Agora vou gastar mais 200 euros e ainda tenho de comprar um pneu novo.

Ir ao mecânico é como ir ao médico - está tudo bem até irmos lá. Saímos de lá sempre doentes ou com problemas na suspensão.

Damn.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Aviso: Post de gaja

Pronto. Encontrei outra vez o amigo do meu amigo que não é meu amigo e pelo qual estou "apaixonada" há já 9 anos. O gajo que me tira do sério. E me faria ir... até Sintra e voltar, que eu não sou de cometer grandes loucuras, e aliás, amanhã provavelmente já não me lembrarei dele. Mas a verdadeira razão deste post reside na conversa que tivémos no bairro, passado um ano desde o último rendez-vous. Foi assim:

Ele (vem ter comigo, no meio da multidão e dá-me um abraço): "Então? Estás boa? Há quanto tempo! Tens visto o *****?" (o amigo comum)
Eu (babada): "Não pá, não tenho tido grande oportunidade. Mas ouvi dizer que..."

Blá blá conversa de ocasião.

Ele (com aquele bracinho liiiindo à volta dos meus ombros): "Estás muito gira pá. Mesmo gira!" - e manda um olhar que cortou de cima a baixo...
Eu (estupidificada, corada e a gaguejar, com um sorriso parvo na tromba): "Obrigadinha!" OBRIGADINHA????? FODA-SE!!!! OBRIGADINHA? Mas não acaba por aqui a minha estupidez.
Ele: "Então e...(pausa) ficamos assim?"
Eu (feita anormal): "Sim, pois. Até ao próximo encontro à toa por aqui?!.."
Ele: "Mmmm mmmm..."

Segue-se o beijinho, a piscadela de olho e o olhar de relance quando se afasta. Enquanto isso fiquei com cara de parva a sorrir.
Raios me partam que sou uma perfeita patega. E não costumo ser assim. NUNCA! Este tira-me do sério. O cabrão.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

OH GENTE DE POUCA FÉ?!

Já lá vão 2 dias sem comprar tabaco.

Nesta altura do campeonato enrolo cigarros só com um dedo, às escuras e a conduzir. E desconfio que ontem enrolei 1 enquanto dormia.

Só há um pequeno contratempo - ando um tanto ou quanto irritada, agressiva e armada em parva. Parece-me que tenho já 15 pessoas em lista de espera para me darem uma carga de porrada, tal é o meu actual nível de estupidez. Mas enfim, encaro este humor estranho como um efeito secundário manhoso, que acabará por passar.

Vá lá. Acreditem em mim. Eu consigo. Yes I can!

domingo, 9 de agosto de 2009

A ansiedade

Roo as unhas, e quase as pontas dos dedos.

Resolvi diminuir a quantidade de tabaco que fumo (que estava a virar absurda). E como? Ora, começando a fumar tabaco de enrolar. Perfeita estupidez.

Agora passo o tempo a enrolar cigarros, coisa para a qual não tenho jeito nenhum, pelo que demoro o meu tempo. E mal acabo de fumar um, dá-me logo para enrolar outro. Passo o dia nisto e não faço mais nada. É uma correria. Podia comprar uma daquelas maquinetas, mas isso iria desvirtuar o meu intento de reduzir o tabaco, uma vez que passaria horas a compor maços de tabaco que fumaria de uma assentada.

E agora estou em casa, a cair de cansaço (hoje o castigo no Gulag consistiu em 8 horas de trabalho no armazém...), sem vontade de sair e com uma vontade tremenda de ir comprar um destes (Oh... tirar-lhe o plástico, rasgar devagarinho e com muito cuidado a prata só num dos lados... Uma pancadinha leve e lá vem ele... o meu ventilzinho... Babo-me...):



VOLTA! ESTÁS PERDOADO!

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Common People - Pulp



Hoje ouvi esta, que já não ouvia há séculos, e só me apeteceu saltar, berrar, chorar e fugir daqui. Vou ouvir até me rebentarem os tímpanos.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Franz Ferdinand - Walk Away


Balanço mensal

Acabei os 4 exames em 2 semanas com sucesso: sou espectacular.

Voltei para o Gulag (depois de 2 semanas de exames sem pôr lá as patas). E voltei pedindo para me trocarem o horário por causa do suposto mestrado. Ora... temos problemas. Parece que para isso me vão mudar de área. Pena, uma vez que, modéstia posta de lado, sou a melhor vendedora de neve que eles têm. Mas não há crise, que aquilo agora parece a sportzone, e não querem saber de vendedores especializados para nada. Melhor para mim, que assim mudo de ares e deixo de andar vigiada e de castigo todos os dias.

Quanto ao mestrado, em Política Social, parece-me cada vez mais uma miragem, uma vez que o prazo de candidatura acaba no dia em que faço o último exame. Para além do mais vou ter de voltar ao ISCSP, minha antiga faculdade, pejada de pessoas (do corpo docente) às quais eu trago más recordações, dos meus tempos de jovem aluna revolucionária (raridades no ISCSP).

Andou por aí a desterrada e andámos na copofonia e a pôr a conversa em dia. Desta vez até fui ao aeroporto para as despedidas. E não gostei.

O meu telemóvel está a dar o berro. E não tenho dinheiro para comprar outro. Felizmente o meu papá abonou-me com o chamado "subsídio de férias", senão este mês morreria à fome.

Balanço final: Oh vida de merda.