quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Talking Heads - Psycho Killer (eu hoje)



É sem sombra de dúvida a música do dia: avaliações no gulag. Eu, chefe, chefe-chefe e chefe-chefe-chefe num escritório. Brilhantes conclusões após cerca de 45 minutos:
*Vendo muito bem, sim senhora.
*Tenho vindo a vender cada vez mais.
*Sou a part-time que mais vende.
*Não faço coisas mal.
mas...
*Tenho uma postura demasiado descontraída na loja (parece que isso é mau) e não abordo os clientes (e assim se justifica o meu volume de vendas).
*Não gosto de ir para outras áreas vender e não me mostro muito disponível para tal (será porque não percebo um boi das outras coisas e/ou são coisas sem um mínimo de interesse?)
*Sou fundamentalista (??? disse-me isto algumas 5 vezes. Não percebi onde queria chegar.)
*Estou a liderar uma rebelião e os meus colegas devem ser todos mentecaptos porque pelos vistos eu controlo ali o pessoal todo com a minha genial capacidade de influenciar as pessoas. Este poder poderia ser usado noutro sentido, pelo que percebi.
*Faltei 22 horas sem justificar e isso é quase um pecado, segundo parece. E não!! Não há vida pessoal para além daquilo, pelo que só podemos faltar se estivermos doentes (e ainda assim só à beira da morte): "A mim não me interessa a sua vida pessoal! Isso não é justificação para faltar!" ao que eu respondo "Pois, mesmo porque não lhe diz respeito, eu não sinto a necessidade de me justificar ou de me desculpar!" - fiz mal em ter respondido. À pala desta fiquei lá mais 15 minutos.

Enfim. Foi um sem fim de disparates. Acho que há mais, mas fui desligando durante alguns minutos, e perdia o fio à meada, tal era a conversa da treta. Não me consegui manter atenta o tempo todo.
O que eu achei curioso foi a escolha de vítimas a ser avaliadas hoje: apenas eu e um colega (full-time, por sinal) meu companheiro na liderança da revolta, segundo consta. Estranho, dado que noutros anos começaram sempre pelos full-time e só depois passaram à escumalha das 5 horas. Saí de lá confusa e perturbada. E aprendi que o melhor é deixar de ter relações pessoais com pessoas com as quais trabalhamos.

E foi assim que perdi 45 minutos da minha vida.

2 comentários:

Anónimo disse...

olá
Então ás aranhas no "gulag"??
Porque não existe uma "revolta" (veia sindicalista a falar, e já está a ferver), para esses F.D.P. irem com o c.....o GREVE.......
Rucas e companhias limitadas devem ser "empurrados" pela as escadas a baixo...

Vou ai na segunda-feira , mas de manha...

Ass Pedro Martins

jacaré disse...

Amigo, sabes que nem com greves a coisa muda!
Enfim.. Saudades das almoçaradas :) Um dia destes vou visitar-te! Pq segunda de manhã não estou no gulag...

Beijinho