"Nous voulons clairement montrer à quel point ce livre, aux conséquences catastrophiques, est absurde"
quarta-feira, 25 de abril de 2012
terça-feira, 24 de abril de 2012
Era uma vez
um comunista espanhol que eu não conheci, mas que no dia 24 de Abril de 1974 se dirigiu a Lisboa para participar na Revolução e morreu, de insuficiência cardíaca, um dia antes da mesma. O seu corpo por cá ficou, que não havia dinheiro para o mandar para casa, e no meio da confusão da Revolução lá se perdeu. Era o meu avô, que nunca cheguei a conhecer mas ao qual, segundo consta, me pareço nas qualidades de "refilona", "teimosa" e "de língua afiada" (diz a minha mãe desde que me lembro de existir).
Até ao dia de hoje, chegadas as comemorações do 25 de Abril, a minha mãe fica triste e eu fico sem saber como ficar. Mas comemoro - a Revolução e a vida do meu avô, o comunista espanhol refilão e teimoso que lutou pela Revolução e não a chegou a viver, por uma questão de horas.
A vida às vezes é tão estúpida!
Até ao dia de hoje, chegadas as comemorações do 25 de Abril, a minha mãe fica triste e eu fico sem saber como ficar. Mas comemoro - a Revolução e a vida do meu avô, o comunista espanhol refilão e teimoso que lutou pela Revolução e não a chegou a viver, por uma questão de horas.
A vida às vezes é tão estúpida!
sábado, 21 de abril de 2012
Hey pessoas?
Há uma diferença (abismal) entre tiveram e estiveram. Vá lá. Um bocadinho de concentração e respeitinho, por favor.
sexta-feira, 20 de abril de 2012
Profissão de risco
Esta é a história de 3 putos que foram abandonados pela mãe em bebés. Entretanto uns anos depois arranjou namorado novo e foi buscá-los, até porque são boa fonte de rendimento, quando não se gasta um tostão com eles e o estado ainda dá uns trocos para ajudar a negligenciar.
Hoje vou dar uma aula a putos de 7 anos. Um deles já bateu e destratou todos os professores e funcionários da escola (nas últimas 3 semanas), menos a mim. Temo que hoje seja a minha vez. Por sorte este só bate, ao contrário do irmão, um ano mais velho, que morde ao estilo pit-bull. Até a polícia já foi chamada à escola, umas quantas vezes, para controlar a situação, ora de um, ora de outro. A irmã mais velha, de 9 anos, assiste a tudo, abana a cabeça e tenta ignorar. Imagino que já lhe chegue ter de tratar deles em casa.
Segundo a assistente social está tudo bem e não há motivo para preocupação.
Acho que deviam mandar uma assistente social a casa da assistente social uma vez que, se ela considera tudo isto normal, a casa dela deve ser um pandemónio.
Custa-me a entender como é que se destroem 2 crianças em tão pouco tempo e com tanta eficácia, com o aval e auxílio do estado e tudo! Ou então eu sou demasiado sensível.
Este foi o post sério de 2012.
Hoje vou dar uma aula a putos de 7 anos. Um deles já bateu e destratou todos os professores e funcionários da escola (nas últimas 3 semanas), menos a mim. Temo que hoje seja a minha vez. Por sorte este só bate, ao contrário do irmão, um ano mais velho, que morde ao estilo pit-bull. Até a polícia já foi chamada à escola, umas quantas vezes, para controlar a situação, ora de um, ora de outro. A irmã mais velha, de 9 anos, assiste a tudo, abana a cabeça e tenta ignorar. Imagino que já lhe chegue ter de tratar deles em casa.
Segundo a assistente social está tudo bem e não há motivo para preocupação.
Acho que deviam mandar uma assistente social a casa da assistente social uma vez que, se ela considera tudo isto normal, a casa dela deve ser um pandemónio.
Custa-me a entender como é que se destroem 2 crianças em tão pouco tempo e com tanta eficácia, com o aval e auxílio do estado e tudo! Ou então eu sou demasiado sensível.
Este foi o post sério de 2012.
quinta-feira, 19 de abril de 2012
Se hoje é dia 19, ontem fui a tribunal e Aparentemente sou a maior do mundo
Gostei de ver as minhas testemunhas. O pessoal anda porreiro. As do Gulag é que nem tanto. A minha ex-chefe está prenha, pelo que não tive coragem de a agredir verbalmente e ainda me espetou 2 beijos, facto que o advogado de defesa deles usou para dizer que tinha acabado tudo muito bem e sem ressentimentos (às tantas foi assim e eu já não me recordo). O chefe chefe chefe de Recursos humanos diz que me conhece muito bem e que no meio de milhares de processos que passaram por ele se lembra perfeitamente do meu. Nunca lhe pus a vista em cima. I'm the special one, está mais que visto.
Em suma:
-2 horas e meia a ouvir gente a falar acerca da minha vida sem poder abrir a boca.
-Alegam que não me mudaram o horário porque eu era demasiado boa vendedora (true story) para vender outra coisa que não fosse da minha especialidade. Não sei como é que aquilo continuou de portas abertas após a minha saída. Coitados, o que sofreram com a perda da minha excelentíssima pessoa. Sou tão espectacular! Eles são uns fofos. Andei equivocada todos estes anos.
-As togas intimidam-me à brava.
-Parece que para o pessoal do Gulag é tudo uma questão de princípios, uma vez que, e passo a citar "7000€ não é nada!". Devia ter perguntado de seguida "Oh chavalo da toga?! Orientas-me uns trocos?" e teria saído de lá com 500€ no bolso - no mínimo.
Resultado:
- Muitos nervos ao ouvir chorrilhos de tretas, meias mentiras, mentiras completas e imprecisões escabrosas.
- É possível que sim.
- É possível que não.
- 2 horas e meia de tempo perdido que resumem quase 4 anos de espera.
- Está batido o record de tempo sem abrir a boca. Quase explodi.
- Sou espectacular, já tinha dito?
Terapia:
E pronto(s) - homenagem final ao tão saudoso chefe chefe -, para o mês que vem logo se vê o resultado.
Em suma:
-2 horas e meia a ouvir gente a falar acerca da minha vida sem poder abrir a boca.
-Alegam que não me mudaram o horário porque eu era demasiado boa vendedora (true story) para vender outra coisa que não fosse da minha especialidade. Não sei como é que aquilo continuou de portas abertas após a minha saída. Coitados, o que sofreram com a perda da minha excelentíssima pessoa. Sou tão espectacular! Eles são uns fofos. Andei equivocada todos estes anos.
-As togas intimidam-me à brava.
-Parece que para o pessoal do Gulag é tudo uma questão de princípios, uma vez que, e passo a citar "7000€ não é nada!". Devia ter perguntado de seguida "Oh chavalo da toga?! Orientas-me uns trocos?" e teria saído de lá com 500€ no bolso - no mínimo.
Resultado:
- Muitos nervos ao ouvir chorrilhos de tretas, meias mentiras, mentiras completas e imprecisões escabrosas.
- É possível que sim.
- É possível que não.
- 2 horas e meia de tempo perdido que resumem quase 4 anos de espera.
- Está batido o record de tempo sem abrir a boca. Quase explodi.
- Sou espectacular, já tinha dito?
Terapia:
E pronto(s) - homenagem final ao tão saudoso chefe chefe -, para o mês que vem logo se vê o resultado.
segunda-feira, 9 de abril de 2012
segunda-feira, 2 de abril de 2012
Só mais um esforço. Mais um bocadinho. Oh M*RDA!
Linha de pensamento:
Tenho o carro na reserva. Vou pôr gasóleo. Eishhh! Tanta gente! Detesto domingos. Também detesto ter o carro na reserva, mas também é só ir até ali, depois quando voltar passo aqui na Repsol outra vez, que deve haver menos gente. Também posso pôr ali na Galp, mas assim não tenho desconto. Ná.. Vou boicotar a Galp e a BP. Chulos. Quando voltar trato disso.
Ao voltar:
Que barulho estranho. Estarei a ficar sem gasóleo? Mas ainda tenho! Está a meio da reserva! Ah já parou.
1 km depois:
- BRRRRRRR, PUF PUF! - outra vez? Ai o caraças! O carro está estranho. Ai, foi abaixo. Encosto aqui - a 10 metros da Galp. Ainda por cima está a chover. Desligo. Volto a ligar. Não liga. Caraças. 4 piscas e saio do carro. Preparo-me para ligar a pedir auxílio e pára um carro atrás do meu. Sai um senhor de braços no ar:
- Menina, precisa de ajuda? Não tenha medo que não lhe faço mal!
-Olhe, o meu carro foi abaixo e agora não consigo ligá-lo.
- Quer que eu tente? - diz o senhor. Eu hesito. Um estranho no meu carro? Não me parece.
- Errr.. Deixe estar. Eu ligo à assistência em viagem. Ainda tenho gasóleo portanto deve ser avaria. - digo.
O senhor passa-me as chaves do carro dele para a mão. Olho para o carro. Audi xpto.
- Vá, já percebi. Não se preocupe que não estou aqui com má fé. Só quero ajudar. - e estica a mão. Dou-lhe as chaves. Ele tenta ligar e não consegue. - Ficou sem combustível menina. Mas o manómetro deve estar avariado. Eu vou ali num instantinho às bombas. Tem aí um jerrican*?
- Não. Só garrafas de água vazias.
- Deixe, eu tenho aqui e vou lá.
- Eu vou! Não tenho dinheiro comigo, tenho de pagar com cartão!
- Deixe-se ficar que está a chover. Depois vamos lá os 2 quando o carro andar e já me paga.
E assim foi: o senhor da camisa às riscas verdes e do casaco de malha castanho com o audi xpto pegou no seu jerrican, foi às bombas buscar-me gasóleo, pôs o gasóleo no tanque e o carro a trabalhar. E fomos os dois às bombas, onde lhe paguei o gasóleo e um café (que ele queria pagar mas eu não deixei!). E despediu-se de mim, após os meus maiores e mais sinceros agradecimentos, dizendo:
- Sabe, tenho uma filha da sua idade e gostaria de saber que quando lhe acontecem coisas destas qualquer pessoa faria o que eu fiz, que ao fim ao cabo não é nada de especial, e que vivemos num mundo que não está cheio de borra-botas** egoístas que nem 5 minutos do seu precioso tempo podem perder. Vá menina, agora vá com cuidado e não deixe o carro chegar à reserva. E vá ver do manómetro que não anda bem. - aperto de mão e adeus.
E foi assim que hoje conheci uma boa pessoa sem sequer saber o seu nome.
*palavra que me dá sempre vontade de rir. E claro, desta vez não foi excepção.
**expressão exacta utilizada pelo senhor que eu muito aprecio.
Tenho o carro na reserva. Vou pôr gasóleo. Eishhh! Tanta gente! Detesto domingos. Também detesto ter o carro na reserva, mas também é só ir até ali, depois quando voltar passo aqui na Repsol outra vez, que deve haver menos gente. Também posso pôr ali na Galp, mas assim não tenho desconto. Ná.. Vou boicotar a Galp e a BP. Chulos. Quando voltar trato disso.
Ao voltar:
Que barulho estranho. Estarei a ficar sem gasóleo? Mas ainda tenho! Está a meio da reserva! Ah já parou.
1 km depois:
- BRRRRRRR, PUF PUF! - outra vez? Ai o caraças! O carro está estranho. Ai, foi abaixo. Encosto aqui - a 10 metros da Galp. Ainda por cima está a chover. Desligo. Volto a ligar. Não liga. Caraças. 4 piscas e saio do carro. Preparo-me para ligar a pedir auxílio e pára um carro atrás do meu. Sai um senhor de braços no ar:
- Menina, precisa de ajuda? Não tenha medo que não lhe faço mal!
-Olhe, o meu carro foi abaixo e agora não consigo ligá-lo.
- Quer que eu tente? - diz o senhor. Eu hesito. Um estranho no meu carro? Não me parece.
- Errr.. Deixe estar. Eu ligo à assistência em viagem. Ainda tenho gasóleo portanto deve ser avaria. - digo.
O senhor passa-me as chaves do carro dele para a mão. Olho para o carro. Audi xpto.
- Vá, já percebi. Não se preocupe que não estou aqui com má fé. Só quero ajudar. - e estica a mão. Dou-lhe as chaves. Ele tenta ligar e não consegue. - Ficou sem combustível menina. Mas o manómetro deve estar avariado. Eu vou ali num instantinho às bombas. Tem aí um jerrican*?
- Não. Só garrafas de água vazias.
- Deixe, eu tenho aqui e vou lá.
- Eu vou! Não tenho dinheiro comigo, tenho de pagar com cartão!
- Deixe-se ficar que está a chover. Depois vamos lá os 2 quando o carro andar e já me paga.
E assim foi: o senhor da camisa às riscas verdes e do casaco de malha castanho com o audi xpto pegou no seu jerrican, foi às bombas buscar-me gasóleo, pôs o gasóleo no tanque e o carro a trabalhar. E fomos os dois às bombas, onde lhe paguei o gasóleo e um café (que ele queria pagar mas eu não deixei!). E despediu-se de mim, após os meus maiores e mais sinceros agradecimentos, dizendo:
- Sabe, tenho uma filha da sua idade e gostaria de saber que quando lhe acontecem coisas destas qualquer pessoa faria o que eu fiz, que ao fim ao cabo não é nada de especial, e que vivemos num mundo que não está cheio de borra-botas** egoístas que nem 5 minutos do seu precioso tempo podem perder. Vá menina, agora vá com cuidado e não deixe o carro chegar à reserva. E vá ver do manómetro que não anda bem. - aperto de mão e adeus.
E foi assim que hoje conheci uma boa pessoa sem sequer saber o seu nome.
*palavra que me dá sempre vontade de rir. E claro, desta vez não foi excepção.
**expressão exacta utilizada pelo senhor que eu muito aprecio.
domingo, 1 de abril de 2012
Lisboa o quê?
3 dias no Porto. Boa gente, boa comida (e barata), boa sangria de vinho do Porto com frutos vermelhos à beira rio, muitos finos, muitas ruas a subir e a descer, muitas gaivotas, muito passeio, a melhor francesinha do mundo, muitas vezes repetida a frase "Eishhh!! Lindo!", muito sol, muitas pontes, muito transtorno por ver o jogo do Benfica com o Chelsea num restaurante no Porto chamado Brasa dos Leões (hmpf...) e perdermos. Muitos finos para compensar o transtorno. Muito turismo - parte gastronómico, parte cultural. Boa companhia e a constatação de que ali seria mais feliz e teria mais dinheiro no bolso.
E para acabar na perfeição, o concerto deste Senhor, que me arrepiou a alma do princípio ao fim:
Mais perfeito que isto só se não tivesse de voltar.
E para acabar na perfeição, o concerto deste Senhor, que me arrepiou a alma do princípio ao fim:
Mais perfeito que isto só se não tivesse de voltar.
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