terça-feira, 3 de agosto de 2010

Coisas complicadas arraçadas de sociológicas e gente que realmente não interessa a ninguém.

Concluo que aos 27 anos, esta mítica idade, a minha vontade de fazer amigos(as) novos só é comparável à minha vontade de morrer afogada.

Os que fiz estão feitos, e, por muito ou pouco presentes que estejam, sei que estão ali e já não fogem. Agora amigos novos... não me parece. Para desilusões já me chegaram anos a fio de derrotas do meu Benfica. E para bestas quadradas os 300000 chefes do Gulag.

As pessoas são movidas por interesses pessoais, até mesmo no que toca a amizades e é isso que me entra nos nervos. Porque cumpridos os objectivos, fica o conhecimento e vai-se o amigo. E depois fazem-se amigos novos, descartáveis como as fraldas modernas e à semelhança das mesmas, muitas vezes cheios de merda por dentro.

Ora eu não tenho esse hábito estranho, o de mudar de amigos. Não me chateio com ninguém e não sou amiga da intriga, uma vez que me passa sempre ao lado. Não sou a pessoa mais atenta do mundo. E aliás, a vida alheia não me atrai grande coisa.

É por isso que me custa às vezes compreender porque raio é que as pessoas se chateiam e acabam por se afastar por merdices, chatices e parvoíces. E de grande amigo passa a alvo a abater. Dizer mal até toda a gente no mundo saber o que fez ou quem é ou o quão mauzinho foi. Mas nunca, NUNCA falar com a própria pessoa. Resolver problemas a falar?! Não. Lançar a discórdia e fazer intriguinhas é bem mais giro.

Não percebo, não gosto e incomoda-me. Desconfio de pessoas que a cada passo que dão encontram um melhor amigo novo que durante semanas é o melhor do mundo e depois... depois gasta-se e manda-se à merda.

Atenção que não estou a falar por mim, é mera observação sociológica. Felizmente os meus amigos ainda são fraldas de pano.

Inquieta-me pois a possibilidade de fazer amigos novos. Claro que não me vou fechar em casa e fugir das pessoas. (Exagerei ao início... Estava em modo fundamentalista.) Quero apenas certificar-me do material - plástico ou pano - logo ao início, para não ter de chegar àquela altura embaraçosa em que a pessoa desaparece e eu fico a pensar "ora mas que raio aconteceu aqui?".

Isto de ter amigos, quando afinal não é bem de amigos que se trata mas sim de conhecidos muito empenhados tem muito que se lhe diga. E como eu não gosto muito de pensar em coisas mundanas e chatas que me distraem do meu propósito original - governar o mundo - fica o desabafo e jamais voltarei a pensar nesta temática.

Quem está está, quem foi foi e quem não está que se f***.

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