Ena que o tempo passa tão depressa!

Lembrei-me (ou por outra, lembraram-me) que o julgamento daquela coisa contra o Gulag é daqui a meio ano! Está quase. E quando eu digo aquela coisa é mesmo aquela coisa, porque depois de tanto tempo (nem sei bem quanto, mas já podemos falar em anos) nem sei bem o que lá vou fazer. Não me lembro. Vou chegar lá e responder sempre "Errr... Pois, não sei. Não me lembro, mas sei que foi mau."

Não vou reconhecer as pessoas que acusei - que aliás devem estar todas feias, gordas e velhas - e já nem me lembro ao certo de quem são as minhas testemunhas. Mas sei que vou lá por uma boa causa. Coisa altruísta até. E se não me engano é suposto receber dinheiro. Ou terrenos no Algarve ou em Marrocos, não sei bem. Talvez seja o poder paternal de um par de skis da Head ou de um fato da Spyder. Sei que não é suposto sair de lá de mãos a abanar. Ou então é. Foi o que o advogado disse, se não estou em erro:

"Mas isto não está na lei? Está na lei! Diz aqui!" - perguntei apontando freneticamente para o meu melhor amigo na altura, o Código de Trabalho.
"Pois, mas a lei depende do Juíz que a apanhar e da defesa do Gulag." - respondeu o Exmo Sr Dr.
"Ah ok. Isso faz todo o sentido!" - respondi-lhe revirando os olhos. 

Pois agora não sei se fico rica em Abril ou não. Diz que não depende da lei, mas sim de quem a apanhar.
Oh vidinha de merda.